terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tratamento de resíduos sólidos é desafio para governantes e sociedade

Acabar com os grandes depósitos de lixo que existem no país, os chamados lixões, e promover o tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada é o grande desafio do país e uma das prioridades da agenda ambiental. O problema – a destinação dos resíduos sólidos – voltou aos grandes debates nacionais com a aprovação, em agosto, da Política Nacional sobre Tratamento de Resíduos Sólidos, que estava em tramitação há 19 anos no Congresso Nacional.
O diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Abreu, deu destaque à importância da conscientização de gestores e da sociedade sobre o tema em palestra, na semana passada, no 1º Fórum sobre Resíduos Sólidos da Universidade de Brasília (UnB), na Faculdade de Educação.
O encontro marcou o início da implantação do sistema de coleta seletiva da instituição, que criou o Programa Recicla UnB. “O Brasil deve fazer a sua parte no sentido de garantir melhor qualidade de vida para as gerações futuras e dar a sua contribuição para a sobrevivência do planeta”, disse Abreu.
Ele recomenda, para que haja bons resultados numa política que trata da destinação do lixo, o compartilhamento de ações entre os gestores e a sociedade. Segundo Abreu, o governo federal vem abrindo linhas de financiamento e incentivando os estados e municípios a trabalharem de forma integrada na área da reciclagem de resíduos. Ele observou que, na construção civil, 80% das sobras podem ser recicladas, evitando que os aterros fiquem sobrecarregados recebendo apenas os rejeitos, ou seja, o que realmente for considerado inutilizável.

O diretor apontou a área de resíduos biológicos como uma das mais preocupantes, porque envolve necessidade de um tratamento mais delicado por causa do grau de toxicidade. “São resíduos perigosos, que podem contaminar lençóis freáticos e cursos d’água”.
Abreu enfatizou que, na política de resíduos sólidos, o objetivo não é “conter o consumo por parte da população, mas educar para consumir sem poluir o meio ambiente”. Segundo ele, o país passou “dezenas de anos tratando mal o meio ambiente”. O cenário mudou, na sua opinião, com a aprovação da legislação sobre a gestão de resíduos, em 2005, a aprovação da lei de saneamento, em 2007, e agora, com a lei que fixa regras para tratamento dos resíduos sólidos.
Reportagem de Lourenço Canuto, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 25/10/2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

11 / 11 / 2010 ONU quer acordo complexo e integrado sobre clima


Por clipping

As negociações climáticas de novembro e dezembro no México buscarão chegar a um complexo conjunto de acordos integrados contra o aquecimento global, mas não devem resultar em um novo tratado de cumprimento obrigatório, disse na quarta-feira (10) a principal autoridade climática da ONU.

Christiana Figueres disse que os governos reduziram suas ambições para o evento de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, depois do fracasso da reunião de 2009, em Copenhague, na busca por um novo tratado climático.

‘Este é um processo complexo e vai ser um processo lento’, disse a costa-riquenha.

Uma das resoluções possíveis em Cancún é a criação de um novo ‘Fundo Verde’, com um valor de 100 bilhões de dólares anuais a partir de 2020, para lidar com a ajuda climática de longo prazo às nações em desenvolvimento.

Isso deveria ser completado, inclusive com mecanismos de compartilhamento de energias limpas e de proteção das florestas tropicais, entre outras medidas.
‘Não ouço nenhuma parte dizer que haveria a possibilidade de apenas escolher alguns dos componentes e levá-los adiante’, disse ela a jornalistas por telefone. ‘O que eu ouço das partes é sobre a necessidade de um pacote equilibrado.’
‘Um acordo em Cancún não irá resolver todo o problema’, acrescentou Figueres, que dirige o Secretariado de Mudança Climática da ONU, com sede em Bonn, na Alemanha.

Ela não disse quais seriam os riscos para o processo caso um dos elementos seja deixado de lado.

Figueres afirmou também que o governo dos EUA deveria manter sua promessa de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 17 por cento até 2020, em relação aos níveis de 2005, embora isso não tenha chances práticas de virar lei, já que os republicanos, contrários aos cortes, terão maioria na Câmara dos Deputados a partir de 2011.
‘O mundo certamente espera que os Estados Unidos cumpram essa promessa’, disse ela, acrescentando que Obama teria a opção de regulamentar esses cortes por meio da Agência de Proteção Ambiental.
Segundo ela, as ofertas de redução das emissões feitas pelos vários países até agora seriam insuficientes para limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius, conforme prevê o documento aprovado em Copenhague, sem caráter vinculante. A temperatura já subiu 0,7 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais.

A dirigente da ONU afirmou também que Cancún seria uma boa oportunidade para as nações desenvolvidas firmarem seus compromissos de redução de emissões. Muitos governos, como da Austrália e União Europeia, condicionam suas ações às metas adotadas por outros países.

Ela disse também que um dos principais entraves nas negociações é se o primeiro passo no ‘Fundo Verde’ seria uma ‘decisão política’ pela sua criação, a ser tomada em Cancún, ou se o ideal seria primeiro desenvolver seus mecanismos para depois colocá-lo em prática, como querem os EUA, por exemplo.

‘Estou confiante de que as diferenças que ainda estão sobre a mesa podem ser resolvidas’, afirmou ela. (Fonte: G1)

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domingo, 17 de outubro de 2010

Saco de Lixo Feito com Jornal - Super Útil!
http://mundosaudavel.blogspot.com/
A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" de sacolinhas plásticas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas ?Sacos de lixo Biodegradáveis? que são feitos com materiais orgânicos e de fibras vegetais levam bem menos tempo para se degradarem no solo assim causando menos impacto na Natureza.

Além disso será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo?

Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc.), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A idéia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:

Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado.

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda,

formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.

Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.

Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.

Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda.

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.
Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.
Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!
É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!
Que tal?
Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!
Alexandre Pimentel
Escritor, Naturólogo e Educador Popular

sábado, 18 de setembro de 2010

Agência Fapesp - 15/09/2010
Redução do aquecimento global
As tecnologias atuais de geração de energia não são suficientes para reduzir as emissões de carbono aos níveis considerados necessários para evitar os riscos ao planeta promovidos pelo aquecimento global.
A afirmação é de um artigo publicado por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá na edição desta sexta-feira da revista Science.

Estima-se que, para evitar os riscos das mudanças climáticas globais, seria preciso evitar que a temperatura média do mundo chegasse a 2º C acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial.

Modelos climáticos atuais indicam que, para atingir esse objetivo, será preciso limitar as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera em menos de 450 partes por milhão (ppm).
O problema é que permanecer abaixo desse nível implica diminuir substancialmente as emissões decombustíveis fósseis, algo que os países industrializados não estão conseguindo fazer. O nível atual é de aproximadamente 385 pp. Antes da Revolução Industrial, estava abaixo de 280 ppm.

Paralisação do crescimento

Steven Davis e seus colegas da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, avaliaram o que ocorreria com o planeta se nenhum outro dispositivo emissor de CO2 fosse fabricado

Nessa situação hipotética, sem uma única fábrica ou automóvel novo, a infraestrutura energética atual do mundo emitiria cerca de 496 bilhões de toneladas de CO2 nos próximos 50 anos.

Isso seria suficiente para estabilizar os níveis do gás na atmosfera em 430 ppm e deixaria a temperatura média em 1,3º C acima dos níveis pré-industriais.

Os riscos do aquecimento global teriam sido vencidos, mas, segundo os cientistas, o cenário hipotético ilustra bem a situação atual vivida pelo planeta. Somente de veículos automotivos, o mundo ganha a cada dia não um, mas cerca de 170 mil novos - isso segundo dados da International Organization of Motor Vehicle Manufacturers de 2009, que representaram, em meio à crise econômica mundial, queda de 13,5% em relação à produção do ano anterior.
"Até agora, os esforços feitos para diminuir as emissões por meio de regulações e de acordos internacionais não funcionaram. As emissões estão aumentando mais do que nunca e os programas para desenvolver fontes de energia 'neutras em carbono' estão, nos melhores casos, ainda muito incipientes", disse Martin Hoffert, professor emérito do Departamento de Física da Universidade de Nova York, em artigo comentando o estudo de Davis e colegas na mesma edição da Science.
O problema do carvão
Mas a pior notícia é que a situação tende a se agravar ainda mais. Segundo os pesquisadores, as fontes das emissões mais ameaçadoras ao planeta ainda não foram construídas. Isso porque o mundo e suas economias simplesmente continuarão a crescer. Um exemplo é o carvão.
"À medida que o pico na produção de petróleo e de gás natural se aproxima, a produção de carvão aumenta, com novas usinas movidas a carvão sendo construídas na China, Índia e nos Estados Unidos", disse Hoffert.

"Investimentos maciços serão cruciais para permitir que a pesquisa básica encontre e desenvolva tecnologias possíveis de serem aplicadas comercialmente e em massa. Mas a introdução de tecnologias neutras em carbono também exige, no mínimo, que sejam revertidos incentivos perversos, como os atualmente existentes para subsidiar a produção de combustíveis fósseis e que se estima serem 12 vezes maiores do que os aplicados para a energia renovável", afirmou.
Bibliografia:

Future CO2 Emissions and Climate Change from Existing Energy Infrastructure
Steven J. Davis, Ken Caldeira, H. Damon Matthews
Science
10 September 2010
Vol.: 329. no. 5997, pp. 1330 - 1333
DOI: 10.1126/science.1188566
Farewell to Fossil Fuels?
Martin I. Hoffert
Science
10 September 2010
Vol.: 329. no. 5997, pp. 1292 - 1294
DOI: 10.1126/science.1195449

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Especiais / Resíduos Sólidos  08/07/2010

Senado aprova Política Nacional dos Resíduos Sólidos

Depois de tramitar na câmara por mais de duas décadas, o projeto que prevê que as empresas recolham embalagens usadas segue agora para sanção do Presidente da República
Por Rogério Ferro, do Instituto Akatu

Foi aprovado pelo plenário do Senado, nesta quarta-feira (7/7), o projeto de lei (PLS 354/89), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Basicamente, a nova lei regula a reciclagem e disciplina o manejo dos resíduos. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a Agência Senado, o principal alvo do projeto é “um dos mais sérios problemas do país, que é a ausência de regras para tratamento das 150 mil toneladas de lixo produzidas diariamente nas cidades brasileiras”.
De acordo com dados que embasaram o projeto, do lixo produzido no Brasil, 59% vão para os "lixões". Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008.
O projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Deputados em 1989 e só começou a ser analisado em 1991. Só neste ano, foi aprovado e enviado ao Senado, onde passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), antes da aprovação em plenário.
“Estamos vivendo um momento histórico. Este projeto mostra a importância do meio ambiente e procura resolver o maior problema ambiental do país hoje que é esta questão dos resíduos sólidos”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que acompanhou a votação.
Para o senador César Borges (PR-BA), relator do projeto no Senado, o objetivo da proposta é reduzir a geração de resíduos, incentivar a reciclagem e determinar o que fazer com o lixo remanescente.
“Hoje você tem legislações diversas nos estados e nos municípios. Agora, teremos diretrizes gerais para disciplinar o manejo”, afirmou.
André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), declarou que a proposta é um ganho para o país, pois, está de acordo com os anseios da população brasileira.
O executivo se mostrou otimista em relação à implementação da lei. “Boa parte das medidas já se verificam no Brasil. Existem, por exemplo, empresas proativas que já fazem a logística reversa. A tendência agora é vermos uma massificação dessa tendência”.

O que muda com a nova lei
Em geral, o projeto estabelece a “responsabilidade compartilhada” entre governo, indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e na gestão dos resíduos sólidos.
As normas e sanções previstas em caso do descumprimento da lei aplicam-se às pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos.

Consumidores
- Pela lógica da “responsabilidade compartilhada”, os consumidores finais estão também responsabilizados e terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva;
- Os consumidores são proibidos de descartar resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e em lagos.


Poder público
- Depois de sancionada a lei pelo Presidente da República, os municípios terão um prazo de quatro anos para fazer um plano de manejo dos resíduos sólidos em conformidade com as novas diretrizes;
- Todas as entidades estão proibidas de manter ou criar lixões. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem;
- A União, os Estados e os municípios são obrigados a elaborar planos para tratar de resíduos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem;
- Os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão;
- Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal;
- O texto trata também da possibilidade de incineração de lixo para evitar o acúmulo de resíduos.


Indústria e comércio

A nova lei cria a “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a criar mecanismos para recolher as embalagens após o uso. A medida valeria para o setor de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e para todos os tipos de lâmpadas.
- Depois de usados pelo consumidor final, os itens acima mencionados, além dos produtos eletroeletrônicos e seus componentes, deverão retornar para as empresas, que darão a destinação ambiental adequada.

Cooperativas e associações de catadores e de reciclagem
- O projeto prevê que o poder público incentive as atividades de cooperativas e associações de catadores de resíduos recicláveis e entidades de reciclagem, por meio de linhas de financiamento;
- As embalagens de produtos fabricados em território nacional deverão ser confeccionadas a partir de materiais que propiciem sua reutilização ou reciclagem para viabilizar ainda mais os profissionais de coleta seletiva e reciclagem;

Proibições gerais e sanções


A lei proíbe:
- Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos;
- Lançamento de resíduos sólidos em praias, no mar, em rios e lagos;
- Lançamento de resíduos in natura a céu aberto;
- A queima de lixo a céu aberto ou em instalações e equipamentos não licenciados para essa finalidade.

O infrator que desrespeitar a lei cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.
Especiais / Resíduos 06/08/2010
Veja o que muda na sua vida com a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos
A chamada “Lei do Lixo” foi sancionada dia 2 de agosto pelo presidente Lula e deve começar a valer em até 90 dias
Por Rogério Ferro, do Instituto Akatu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, na segunda-feira (2/8), a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). Além de obrigar o fim progressivo dos lixões em todos os municípios do país, a nova lei cria, entre outras garantias, a “logística reversa”.
A determinação obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolher, depois de usados pelo consumidor final:
• agrotóxicos e seus resíduos e embalagens;
• pilhas e baterias;
• pneus;
• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
• lâmpadas fluorescentes;
• produtos eletrônicos e seus componentes.


A lei deve ser regulamentada em até 90 dias, estabelecendo prazos para que as empresas implantem a nova conduta e informem ao consumidor sobre o recolhimento dos produtos usados.
Além disso, as instituições terão que comprovar a destinação ambientalmente correta desses resíduos. O desrespeito à norma é crime ambiental, que prevê pena de até cinco anos de reclusão e multa.
Daqui três meses, será obrigatório, mas já há iniciativas de logística reversa para alguns produtos no país.

sábado, 10 de julho de 2010

Um sexto da humanidade consome 78% de tudo que é produzido no mundo. Dado é do relatório

"Estado do Mundo - 2010"; versão em português lançada na quarta-feira (30/6) já está disponível em PDF
Veja mais...

29/06/2010 - Consumo Consciente do Dinheiro e do Crédito
Famílias com renda acima de R$ 10 mil têm dificuldades para pagar contas
28%% das famílias brasileiras com renda mensal superior a R$ 10 mil enfrentam dificuldades para fechar orçamento no final do mês; especialistas recomendam revisão das despesas para acertar as contas

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01/07/2010 - Sustentabilidade
"Estado do Mundo - 2010: Transformando Culturas/Do Consumismo à Sustentabilidade"
Preços, tecnologia e Estado são a parte menor da história. Não basta aumentar a eficiência, produzindo e consumindo cada vez mais

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01/07/2010 - Sustentabilidade
Sustentabilidade começa com você
Campanha de mobilização para ações mais sustentáveis usa redes sociais para compartilhar dicas e estimular práticas de consumo consciente e preservação ambiental

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28/06/2010 - Turismo Sustentável
Brasileiros preferem destinos nacionais para passar férias
90%% dos brasileiros que pretendem viajar nas próximas férias optaram por destinos nacionais; o dado reforça a previsão feita pelo Ministério do Turismo de crescimento do turismo doméstico

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Dica da Semana: consumo consciente de transporte
Aos sábados, domingos e feriados as ruas geralmente estão mais tranqüilas e dá para fazer pequenos trajetos e passeios pedalando. E, de quebra, você ainda vai manter a forma, fazendo exercícios de forma divertida e prazerosa.
Fonte:akatu@akatu.org.br

sábado, 19 de junho de 2010

Preocupação com as mudanças climáticas

Se começar a fazer muito calor, inexplicavelmente, basta ligar ou comprar um ar condicionado? Para muita gente, ainda é assim, sem saber que pode estar contribuindo para esse aumento de temperatura com simples atitudes diárias que poderiam ser mudadas.
Esta semana, o Brasil promete defender posições firmes e cobrar medidas dos países desenvolvidos de proteção ao meio ambiente na conferência sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas, que começa amanhã, em Copenhague.
E, enquanto na Dinamarca se espera que as políticas mundiais sejam definidas, a dificuldade de mobilização das pessoas para as mudanças climáticas persiste. Especialistas alertam que o problema do aquecimento global não é apenas uma questão "macro", a ser discutida pelos principais governantes do mundo.
Cada um pode e já deveria estar fazendo a sua parte. Informações sobre o tema não faltam. Todos sabem que o planeta está passando por alterações e que é preciso fazer a sua parte. Mas participar com medidas simples (ver quadro), efetivamente, parece ainda estar longe da realidade de muitas pessoas.
Para a bióloga Nurit Bensusan, autora do livro Meio Ambiente: e eu com isso?, isso acontece porque muita gente não tem noção exata de que esbanjar energia tem reflexos imediatos na sua vida e no seu bolso.
Por exemplo, o tratamento da água depende da qualidade com que ela chega para o procedimento. "Isso influi diretamente no valor da conta de água. É só um caso em que a questão ambiental pode piorar a exclusão social, pois se a conta de água triplica, alguns vão achar caro mas continuarão pagando. Mas tem muita gente neste País que não vai ter dinheiro para pagar essa conta", relaciona Bensusan.
Por outro lado, muitas dessas mudanças podem ser mais fáceis com ações estimuladas pelo poder público. "Melhorar o transporte público vai permitir às pessoas deixarem o carro em casa pelo menos duas ou três vezes por semana", exemplifica a coordenadora do setor de mudanças climáticas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Manyu Chang.
"Para ter envergadura nas ações e nos resultados, é muito importante que se tenha políticas públicas, mas ao mesmo tempo, ações individuais", ressalta Chang.
Segundo ela, mudanças nas leis poderiam provocar essas alterações mais rapidamente. "Novas construções ou casas a partir de uma certa dimensão poderiam ter o comprometimento de instalar aquecedor solar, o que é relativamente fácil para os resultados que se obtém", sugere.
Redução em impostos, como no IPVA para quem tem carros flex, ou no IPTU para quem faz uma construção sustentável, são outras propostas que poderiam ser adotadas pelos governos, que podem ganhar competitividade.
"Quando se aplica essas propostas, além de reduzir o aquecimento, há vantagens secundárias e pode se começar a ter lucro. A economia com baixo uso de carbono é se preparar para o futuro", acredita Chang.
Contundência questionada.O discurso do presidente Lula de que vai provocar os países desenvolvidos em Copenhague a assumirem metas para diminuir o aquecimento global pode não ser suficiente.O consenso entre especialistas que vão acompanhar a comitiva brasileira durante a conferência é de que o País está, sim, desempenhando seu papel, mas poderia fazer um pouco mais, propondo medidas mais contundentes.
Uma meta global condizente com o que os cientistas orientam seria de redução de 40% na emissão de dióxido de carbono a ser atingido até 2020, em relação à medição de 1990, e em 2050, 80% de redução, para que a temperatura global não se eleve em 2 ºC até o fim do século.
O problema é que, até agora, as propostas de cada país não seguem uma mesma base. A redução sugerida pelo Brasil, de 36,1% a 38,9%, é sobre o que está projetado para ser emitido até 2020.
A proposta mais ousada é a da Noruega, de diminuir a emissão em 40%, em relação aos índices de 1990. Lá fora, Lula voltou a defender o uso de biocombustíveis, contraditoriamente à defesa interna de exploração do petróleo.
"Aqui só se fala em pré-sal, em criar uma indústria petrolífera gigantesca. Não faz sentido investir numa tecnologia do século passado, que o mundo todo está abrindo mão", opina o engenheiro florestal e coordenador do Observatório do Clima, André Ferretti.
Outra crítica é sobre a proposta de redução do desmatamento na Amazônia, de 80% até 2020. "Quase 100% do desmatamento na região é ilegal e deveria acabar. O ideal é que o governo dê alternativas aos proprietários", diz Ferretti.Responsabilidade de todos
A contribuição para atenuar as mudanças climáticas não é responsabilidade exclusiva dos governos. Reduzir o consumo, reciclar produtos e reutilizar produtos sempre que possível são as principais medidas que podem ser tomadas individualmente. Abaixo, algumas dicas de alteração no comportamento cotidiano que podem fazer a diferença:
• Use menos água quente, que consome mais energia.
• Troque lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, que duram até dez vezes mais, são mais eficientes e economizam até um terço da energia elétrica.
• Não deixe aparelhos em stand by, que consomem energia sem necessidade.
• Desligue ou tire da tomada todos os eletrodomésticos quando não estiver usando.
• Descongele geladeira e freezer antigos a cada 15 ou 20 dias.
• Tampe as panelas enquanto cozinha, aproveitando o calor que simplesmente se perderia no ar.
• Repare os vazamentos tão logo eles sejam identificados.
• Feche a torneira enquanto estiver se ensaboando, escovando os dentes ou se barbeando.
• Reutilize a água da máquina de lavar para limpar pisos e calçadas.
• Calibre os pneus a cada 15 dias.
• Quando for trocar de carro, escolha um modelo que consuma menos. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos.
• Reunir-se por videoconferência evitam deslocamento e perda de tempo.
• No trabalho, use uma caneca ou um copo de vidro ao invés dos copos de plástico.
• Não queime lixo, que emite gás carbônico.
• Armazene o óleo de frituras em garrafas PET e não jogue-o no ralo da pia. Um litro de óleo pode contaminar até 20 mil litros de água potável. Descarte-o em um ecoponto.
• Use somente pilhas e baterias recarregáveis. Embora mais caras, podem ser recarregadas em média 100 vezes.
• Se for construir uma casa nova, leve em consideração a luminosidade e climatização natural. Se puder, instale um sistema de aquecimento solar para substituir a eletricidade no aquecimento de água, na iluminação e no funcionamento de aparelhos domésticos.
• Coma menos carne, a produção de 1 caloria de proteína animal queima dez vezes mais combustíveis fosseis e emite dez vezes mais gás carbônico que a produção de 1 caloria de proteína vegetal.
• Plante uma árvore, uma única árvore absorverá 1 tonelada de dióxido de carbono durante sua vida.
• Dirija menos, ande, vá de bicicleta, faça revezamento de carros e use o sistema de transportes com mais frequência.
Fonte: Coordenadoria de Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, OVERMUNDO – Dez coisas a se fazer, Mãe Terra - Dicas para combater o aquecimento global, Ecóleo

O Meio Ambiente pede socorro!

Se formos procurar na internet o que é Meio Ambiente, teremos a seguinte resposta: é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Ou seja, estamos inseridos em um ambiente que o desperdício, o desmatamento, o desrespeito aos animais e a biodiversidade são costumes.
Você já se deu conta de quantas coisas estão erradas em nosso país quando o assunto é conservação do Meio Ambiente?
Embora o Brasil tenha conservado boa parte de suas florestas, diferente da maioria dos países que vem dando palpite sobre o que devemos fazer com as nossas, ainda não somos bom exemplo de preservação.
A Amazônia só foi poupada de ser quase totalmente desflorestada devido ao seu grande isolamento das capitais litorâneas. Mesmo tendo o ritmo de danos ambientais diminuído na Amazônia, a destruição ainda é alarmante. Os estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e a Bahia são recordistas do desmatamento no Brasil.
Juntos podemos mudar esse quadro de abandono. Cobre da prefeitura de sua cidade o zelo pelo que é de todos: o Meio Ambiente.